Camaradas
e amigos,
Caros
convidados,
Saúdo
todos os presentes nestas II Jornadas Autárquicas da CDU em
Alpiarça, num momento muito importante da nossa actividade enquanto
força política empenhada em continuar a gerir os destinos dos
órgãos autárquicos da nossa terra, de acordo com os princípios do
projecto político que defendemos, ao encontro do interesse da nossa
comunidade, acima de quaisquer outros; um projecto político que vai
muito para além do trabalho específico no poder local, e que se
integra numa visão global do mundo, que pretendemos transformar no
sentido da construção de uma sociedade mais justa e solidária.
À
semelhança do que sucedeu nas Jornadas de 2011, também hoje, aqui,
perante os alpiarcenses, iremos continuar a prestar contas da nossa
acção e discutir assuntos e temáticas essenciais à vida da nossa
terra. Daqui sairá fortalecido o modo de funcionamento democrático
da CDU, e será dado, estou certo, um forte alento ao trabalho que
temos pela frente neste ano de 2013.
Na
preparação do encontro de hoje – e como traço identitário da
nossa acção – foi realizado um importante trabalho anterior,
procurando envolver os militantes e activistas, estabelecendo
inúmeros contactos e realizando 7 reuniões de zona que juntaram
várias dezenas de pessoas e um almoço-convívio no Frade de Baixo.
Somos
– não tenho a menor dúvida – a única força política que
adopta esta forma de trabalho de proximidade, prestando contas,
esclarecendo, recolhendo proposta e contributos para a acção,
assumindo as nossas falhas, cara-a-cara, de igual para igual, com a
nossa população.
Esta
é a nossa forma de trabalhar: democrática; apelando à participação
cívica de todos. Na CDU não fazemos política suja, com base em
mentiras, em boatos ou no insulto, anónimo e cobarde; não nos
limitamos a dizer umas “larachas” em reuniões formais ou no
café. Não; vamos ao terreno onde estão as pessoas, os seus
problemas e aspirações, confrontamo-las e somos confrontados por
elas.
Nós
não temos a veleidade de tudo fazer bem, sem erros e sem falhas; não
iludimos as pessoas dizendo que fizemos tudo o que gostaríamos de
ter feito ou tudo o que a nossa população necessita; nem diremos
alguma vez que temos soluções miraculosas para o futuro da nossa
terra, ignorando a realidade concreta sobre a qual exercemos os
nossos mandatos.
Mas,
tendo como referência essa realidade concreta – profunda crise
económica, financeira e social e de ataque sem precedentes ao Poder
local democrático – que fundamentalmente define a nossa capacidade
de realização, estamos convictos que estes eleitos da CDU fizeram o
que tinha de ser feito, no quadro do que tem sido possível fazer;
estamos convencidos de que nenhum dos nossos adversários teria feito
melhor. Muito pelo contrário, porque o que está à vista de todos é
a sua incapacidade de actuar enquanto oposição responsável, no
limiar da completa nulidade e do descrédito, sem ideias, sem
coerência, sem propostas; sobretudo por parte do PS, de quem se
espararia outra atitude. Por isso, temos todas as razões para
confiar numa avaliação positiva por parte da maioria da nossa
população. E porque é justo que assim seja.
A
população de Alpiarça sabe que este executivo CDU está a
recuperar as finanças municipais, a partir da situação
insustentável em que os executivos PS as deixaram em 2009 e, dessa
forma, está a preparar as necessárias condições para o
desenvolvimento futuro da nossa terra;
A
nossa população sabe que fomos obrigados a elaborar um PSF e que o
estamos a cumprir, baixando os níveis de endividamento; baixando a
dívida total do Município em mais de 1 milhão de euros; pagando
todas as dívidas aos fornecedores – dinamizando a economia local e
da região – e pagando agora a tempo e horas;
Sabe
que, assim, estamos a recuperar a credibilidade do Município, e que,
mesmo no quadro negro em que vivemos, de profunda crise económica e
de sucessivos cortes nas transferências a que as autarquias têm
direito, conseguimos prestar serviços com os níveis de qualidade
que os alpiarcenses merecem: ao nível do atendimento dos serviços;
ao nível da limpeza urbana e do cuidado dos espaços verdes e
ajardinados; ao nível das pequenas obras de proximidade no interior
dos espaços urbanos, contribuindo gradualmente para a melhoria, com
estas diversas intervenções pontuais, da qualidade de vida,
apostando num concelho mais limpo e mais bonito.
A
população sabe que, mesmo com muito menos recursos financeiros
disponíveis, a autarquia garantiu uma oferta cultural, desportiva e
de lazer própria de qualidade, e reforçou o apoio ao movimento
associativo – às associações e colectividades culturais,
desportivas e sociais – numa opção política clara que permite um
nível de actividade e de dinamização da vida comunitária que de
outra forma seria impossível, e em contraponto com a prática de
muitas outras autarquias no País, que, perante as dificuldades,
cortaram esses apoios;
Sabe
que temos vindo a investir na melhoria das condições educativas das
escolas,
dando assim prioridade à formação das nossas crianças e jovens,
através de obras várias de melhoramento geral, remodelação de
cantinas, criação de salas para apoio a crianças com necessidades
educativas especiais e da nova Biblioteca Escolar, da construção do
novo telheiro, com a distribuição gratuita de fruta, com o
alargamento dos subsídios escolares e bolsas de estudo a estudantes
do ensino superior;
Sabe
que temos vindo a reforçar o apoio social, sobretudo para este ano
que se prevê vir a criar novos problemas pelo agravamento da
situação social, lançando também o “cartão do idoso”, e
simultaneamente garantindo actividades de qualidade como o
OTL/Páscoa, o OTL/Verão ou as Férias Desportivas, bem como os
Passeios para reformados, pensionistas e idosos, actividades que têm
sido abertas a todos os interessados;
A nossa população sabe
que defendemos – a seu lado – o direito a serviços públicos de
proximidade, dos quais se destaca um serviço de saúde de qualidade
com a colocação dos médicos necessários no centro de saúde,
porque o está em causa é um serviço essencial e o direito à saúde
dos alpiarcenses;
Sabe que, numa parceria
intermunicipal, continuamos a cumprir um plano de investimento de
vários milhões de euros na recuperação e ampliação da rede de
abastecimento de água e saneamento, no âmbito intermunicipal,
dotando o concelho de uma cobertura quase nos 100%; que Alpiarça
abre uma uma Casa-Museu dos Patudos renovada a um cada vez maior
número de visitantes, após investimento de mais de 1 milhão de
euros;
Os alpiarcenses sabem que
apostamos nas nossas Feiras – Alpiagra, Feira do Livro, Festival do
Melão, ArteNatal-Feira do Artesanato –, com custos muito
inferiores aos que eram ditados pelo despesismo anterior do PS, para
mostrar o que temos de melhor, promover o concelho e apoiar os
agentes económicos locais;
Sabem
que, lutando contra um tremendo aperto de tesouraria, conseguimos
realizar obras de referência para as futuras gerações, como a
recuperação do edifício da Casa dos Patudos e a construção do
novo Centro Escolar, obras com financiamento comunitário, atingindo
taxas de execução das mais altas entre os Municípios da nossa
região;
Sabem
que o gravíssimo problema do desemprego – que atinge de forma
dramática todo o País (e mais de 1 milhão de portugueses) – não
é da responsabilidade das autarquias, mas sim o resultado de décadas
de políticas erradas e criminosas do PS, PSD e CDS, de destruição
do aparelho produtivo nacional, no sentido da acumulação do capital
pelos grandes interesses, levando à submissão do País e à
destruição da sua economia, realidade que só será alterada pela
luta dos portugueses e por uma alteração profunda de políticas e a
construção de um rumo alternativo. É por essa transformação que
lutamos.
Foi
desde sempre uma preocupação da CDU a criação de condições para
um relacionamento saudável entre a nossa comunidade, ultrapassando o
ambiente de conflito que marcou os últimos mandatos do PS; temo-lo
conseguido – no relacionamento institucional com as outras forças
políticas; no bom relacionamento mantido com clubes e associações,
com as Escolas, com os pais e Encarregados de Educação, com os
sindicatos, com a comunidade religiosa, com os trabalhadores das
autarquias, com os agentes económicos. Temos as portas abertas a
todos. Se temos conseguido corresponder a todas as solicitações que
nos coloca este relacionamento? Não; é claro que não, mas
conseguimos corresponder a muitas delas, como é reconhecido.
Os
critérios de gestão e a estratégia que temos vindo a seguir
apontam para o cumprimento do objectivo de recuperar o Município;
colocam-nos em condições de avançar, já neste ano, para
investimentos e obras importantes para o concelho – já
apresentadas publicamente –, permitindo-nos aproveitar verbas dos
fundos comunitários que as financiarão a 85%, marcando a
regeneração do espaço urbano neste limiar do Centenário como
concelho. Falo do arranjo dos jardins e da construção do edifício
polivalente no espaço envolvente à Casa dos Patudos; falo da
Construção da nova Praça do Município, regenerando e dignificando
toda a área dos Paços do Concelho.
Outros
projectos estão ou irão ser desenvolvidos nos próximos meses por
forma a podermos enfrentar com sucesso eventuais possibilidades de
novas candidaturas, assim como prepararmos o próximo Quadro
Comunitário.
Camaradas
e amigos, Caros convidados,
Vivemos
num concelho que tranquilamente caminha para o seu primeiro
Centenário – Centenário cujas linhas gerais do programa de
comemorações o Município irá em breve apresentar e que deverá
assinalar com dignidade estes 100 anos de memória de um povo
trabalhador, consciente e resistente; deve ser também um momento de
afirmação da nossa forte identidade e de preparação para o
futuro.
Vivemos
num concelho com constrangimentos, mas com muitas potencialidades:
possuidor de infraestruturas e equipamentos públicos que cobrem a
generalidade das necessidades de toda a população – desde as mais
básicas, às que se prendem com a fruição cultural, desportiva e
de lazer; com a possibilidade de oferta de educação e condições
de apoio a necessidades primárias de saúde, de expansão dos
cuidados e do apoio à população mais idosa; beneficiado por uma
centralidade geográfica que o aproxima das áreas de maior dinamismo
económico do País; numa região onde se encontram as terras mais
férteis, agricultores experimentados e uma produção agrícola
diversificada e de grande qualidade; com uma zona industrial com
larga margem de expansão e de atracção de investimento; com
valioso património edificado para reabilitar; com áreas de vasto
interesse para o desenvolvimento turístico que promova o dinamismo
económico e a criação de emprego.
Cabe-nos
equacionar todas as vertentes desta realidade nos próximos meses,
nos próximos anos.
Ultrapassar
o período muito difícil que vivemos – no País e no Poder Local –
e recuperar o Município são tarefas que levarão tempo e terão de
ser levadas por diante, com rigor na gestão, por gente séria e de
confiança, por quem assuma as funções enquanto autarca sem outro
interesse que não o empenhamento no progresso social e o
desenvolvimento da nossa comunidade.
Conjugar
as características desta terra, das suas gentes e das
potencialidades que encerra, com as necessidades para o
desenvolvimento futuro é uma tarefa para hoje, para a discussão que
iremos fazer ao longo destas II Jornadas; é também uma tarefa para
os próximos meses de preparação do Programa Eleitoral com que a
CDU se irá apresentar às eleições; é certamente uma tarefa que o
colectivo da CDU irá realizar em conjunto com os alpiarcenses ao
longo do próximo mandato, enquanto força política à frente dos
destinos do concelho.
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