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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Intervenção de Octávio Augusto nas Jornadas Autárquicas




Estamos a promover estas Jornadas autárquicas a menos de um ano das próximas eleições.
Fazer balanço, projectar o futuro, conhecer melhor o concelho, eram objectivos que, creio, foram alcançados.
Daqui partiremos em melhores condições para enfrentar o desafio de continuarmos á frente dos órgãos autárquicos do concelho até 2017.
O concelho precisa, e a CDU merece continuar
Com a CDU veio o rigor na gestão, a utilização dos dinheiros públicos com critério, o pagamento das dívidas, acabaram os processos em tribunal.
Acabou a ostentação, o novo-riquismo, o despesismo.
Paga-se a horas e dentro dos prazos, deixaram de haver facturas escondidas nas gavetas, tudo é transparente, a dívida diminuiu.
Impediram-se as penhoras de bens da Câmara e da Agro-Alpiarça, acabou a guerra com as escolas, com as colectividades, com as empresas.
Com a CDU veio o diálogo com toda a gente, com todas as instituições.
A CDU encontrou uma Câmara falida e um concelho mergulhado em problemas.
Como se isto não bastasse, vieram os cortes nas verbas do Orçamento de Estado para as autarquias, as limitações á contratação de pessoal e todas as outras medidas governamentais que condicionaram e condicionam fortemente o município.
Soma-se ainda as limitações no acesso a fundos comunitários.
Pior não poderíamos encontrar.
E, apesar disso, apoia-se mais o movimento associativo, ampliam-se as respostas sociais, realizam-se melhoramentos, faz-se a obra possível.
Está muito por fazer e muita coisa foi feita.
Nas actuais condições do município e do país alguém faria mais e melhor?
Há pois fundadas razões para que a CDU volte a ganhar as eleições.
Ganha a CDU e ganha o concelho.
Até porque olhamos à nossa volta e, onde estão as alternativas?
O que têm para dar?
Que interesses representam os que já se posicionaram na corrida e aqueles que se vão posicionando?
O quadro político está ainda indefinido e confuso.
Uma candidatura dita “independente” está anunciada.
Consta que uma outra candidatura “independente” está para aparecer…
17 Cidadãos elegeram o candidato do PS.
Do PSD e do CDS pouco ou nada se sabe.
É provável que ainda venha a correr muita água por baixo da ponte… e que a coisa não se fique por aqui…
Pela nossa parte estamos a fazer o nosso trabalho de acordo com o nosso calendário e os nossos métodos de trabalho.
Umas Jornadas Autárquicas precedidas de diversas reuniões de activistas da CDU distribuídos por zonas e de um almoço convívio no Frade de Baixo.
Prestar contas, ouvir críticas, sugestões, preocupações, de todos, tenham ou não votado na CDU, é um traço distintivo do nosso estilo de trabalho.
E estamos a fazê-lo ao mesmo tempo que procuramos cumprir da melhor forma possível o nosso programa, até Outubro deste ano.
Paralelamente, estamos a concluir um processo de recolha de opiniões individuais junto de todos os que foram candidatos da CDU e dos membros da Comissão Concelhia do PCP.

Ouvimos opiniões sobre o trabalho feito, sobre o que pode ser melhorado e ainda qual a avaliação que cada um faz do desempenho dos actuais eleitos, quem deve manter-se, quem deve sair, quem pode assumir novas e mais responsabilidades nos diversos órgãos autárquicos.

A 5 de Fevereiro a Concelhia, tendo em consideração os resultados dessas conversas, vai tomar as decisões relativas à composição das listas da CDU.

A 9 de Fevereiro os militantes do PCP serão chamados a pronunciarem-se sobre as mesmas questões.
Um processo amplamente participado, democrático e responsável.
Um processo no qual se envolverão também aqueles que não sendo do PCP, integram a equipa da CDU no concelho.
Estilo de trabalho em que todos e cada um de nós somos a equipa da CDU.
Um estilo de trabalho que assenta em princípios e regras de conduta e que tem como objectivo alargar cada vez mais o espaço da CDU a outros cidadãos que se disponibilizem e se identifiquem com o nosso trabalho, a nossa forma de agir e as nossas propostas.

Um processo de discussão onde não têm espaço os que lutam pelo poleiro, pelo lugarzinho que lhes proporcione protagonismo, a satisfação do seu ego, o benefício e o privilégio pessoal.
Fizemos e fazemos ponto de honra no cumprimento escrupuloso do princípio dos eleitos da CDU não serem nem prejudicados nem beneficiados no exercício das suas funções.
Este princípio aplica-se aos eleitos e àqueles que integram Gabinetes de Apoio ou outras funções idênticas.
Somos diferentes e agimos de forma diferente.
Por isso não aceitamos que se diga que os políticos são todos iguais.
Na CDU não há lugar para o culto do chefe.
Todos contam. Todas as opiniões contam.
Valorizamos o debate colectivo e participado por todos.
Mas, tomada uma decisão, todos estão vinculados a ela.  
Não há várias CDUs.
Discutimos as nossas saudáveis diferenças de opinião na nossa casa e dentro da nossa casa.
Prezamos a unidade na acção e para a acção como um valor distintivo da CDU.
Uma unidade construída na diversidade de opiniões.
E construímos todos os dias essa unidade, respeitando e incorporando na decisão colectiva, os contributos de cada um.
Na CDU não há figuras iluminadas.

Na CDU duas cabeças pensam sempre melhor do que uma.

Na CDU valorizamos a opinião das populações, 
o trabalho de proximidade entre eleitos e eleitores.
Um eleito da CDU é igualzinho àqueles que o elegeram embora com a responsabilidade acrescida de ter merecido a sua confiança e, por isso torna-se seu representante e porta-voz dos seus interesses e aspirações.
Interesses e aspirações que nos dias de hoje não se limitam estritamente á actividade autárquica tradicional.
Defender o concelho, a sua história e identidade, num momento em que se consuma o ataque às freguesias e a que se seguirá o ataque aos concelhos, conforme está escrito no memorando assinado com a tróica, pelo PS, PSD e CDS.
Interesses e aspirações das populações que passam pela defesa do direito ao Serviço Nacional de Saúde e á Escola Pública.
Interesses e aspirações que passam pela  defesa dos Correios, das Finanças, do Posto da Segurança Social, da manutenção do Posto da GNR.
Nenhum eleito da CDU pode cumprir bem o seu papel se não estiver em permanente ligação com as populações, se não for um deles, nunca acima ou distante deles.
Este estilo de funcionamento é a matriz da nossa diferença.
Um projecto participado, uma CDU o mais abrangente possível, uma equipa unida e coesa.
Na CDU, a firmeza nos princípios, que não se confunde com arrogância e auto-suficiência.

Ouvir, saber ouvir, interpretar o que se ouve e quando necessário, mudar de opinião ou alterar uma decisão, não é um sinal de fragilidade ou de fraqueza, antes representa uma atitude de enorme humildade democrática.
É este estilo que temos procurado implementar ao longo dos 3 anos em que assumimos maiores responsabilidades autárquicas neste concelho.
Nem sempre teremos feito bem.

Nem sempre teremos feito tudo o que podia ser feito.

Na CDU não há super-homens.

Há homens e mulheres de diferentes idades, 
com experiências diferentes, com defeitos e qualidades.
Mas temos razões para estarmos satisfeitos com o trabalho realizado e com aquele que ainda se vai realizar até ao final do mandato.
Temos fundadas razões para partirmos com toda a confiança no resultado das próximas eleições.
Não vamos ter vida fácil, como de resto nunca tivemos desde que estamos no poder.
Sobre nós já se disse de tudo, e tudo vai continuar a dizer-se.

Da provocação ao insulto e à calúnia pessoal, 
vale tudo para atacar a CDU.
Na verdade, infelizmente, neste concelho não há oposição.
Oposição com ideias, com propostas alternativas, com uma visão construtiva do exercício da actividade política.
Os nossos adversários têm mau perder e lidam mal com a realidade.
Tomam o virtual como sendo real.
Amplificam os boatos, as mentirolas e os mexericos e transformam-nos em factos.
E de tanto se esforçarem acabam por acreditar nas suas invenções.
Uma prática política sem princípios, deslocada da realidade do concelho, com protagonistas que não conhecem nem estudam os problemas, e que à falta de argumentos, fazem da provocação e das manobras de diversão, um instrumento de confrontação política.
São disso exemplo os comunicados do PS, também eles impregnados de ataques pessoais e a roçar a ordinarice, e as tiradas dos seus eleitos na Assembleia Municipal.
Seguramente que não há neste país Assembleia Municipal onde se fale tanto de Cuba e da Coreia do Norte como em Alpiarça.
É o que temos.
E é com isto que temos de lidar, com muita serenidade e com toda a confiança, afirmando o nosso trabalho, a nossa honestidade, a nossa competência.
Ganhar as próximas eleições, 
aumentar o número de eleitos da CDU, 
é um objectivo que está ao nosso alcance!
E como dizia Ary dos Santos… isto vai meus amigos, isto vai!

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